quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Crise Mundial

Ouço, leio, verifico, lamento e chego a uma conclusão:

A crise mundial não é económica, mas sim de valores. Não em Euros, Dolares ou Libras, mas simplesmente morais.

Notícias como a de uma funcionária bancária que desviou cerca de € 30.000, quando aquele valor se destinava ao "simples" pagamento dos tratamentos de uma criança com cancro, um ex-funcionário de um banco muito falado nos últimos tempos, que tentou extorquir dinheiro a essa mesma instituição como forma de pagar o seu silêncio, de aumentos salariais na ordem dos 2%/3%, quando o custo de vida aumenta incontrolavelmente e não há organismo estatal nenhum que se sente a conversar sobre isso, de manifestações e greves por tudo e por nada, de guerras por questões étnicas ou religiosas, devido às quais morrem centenas de milhares de inocentes (podia tar aqui dias a fio a enumerar as mais variadas situações), fazem-me muitas vezes questionar o que raio ando eu a fazer por aqui...

O mundo só pode tar gravemente louco e ainda reclamam os psicólogos que não conseguem arranjar trabalho (Eu sei que não conseguem, porque simplesmente os que andam tolos não admitem que precisam de tratamento).

O mundo está mergulhado na hipocrisia, na falsidade, no engano, no egoísmo, na falta de respeito pelo próximo, no puro interesse, no materialismo e na falta de carácter. Regra geral olha-se para o próprio umbigo e só depois vemos o que nos rodeia e ninguém repara ou admite que esta atitude devia ser a excepção. Já não se trata de um simples problema de mentalidades ou educação, pois todos temos dois dedos de testa para perceber quando algo está mal, principalmente, quando somos nós próprios a provocá-lo.

Todos os que nos rodeiam são assim, e nessa palete incluo amigos, namorada(o), mulher, marido e até a própria família. Já ninguém tem os tomates no sítio para encarar e admitir seja o que for, escusando-se sempre com situações do arco da velha.

Honestamente TOU FARTO e já não é com um saco de boxe virtual que me sinto melhor, são necessárias atitudes e das verdadeiras, executadas com honestidade e humildade, tendo consciência dos nossos actos, tendo a capacidade de olhar para nós sem descurar a posição dos outros, principalmente daqueles que dizemos à boca cheia que são muito importantes na nossa vida.
A importância não se desvanece de um momento para o outro, e se todos pensarmos um pouco nisso, saberemos sempre qual a melhor forma de actuar, sem sermos altruísticamente narcisistas.

Regra geral podem dizer que se trata de um texto de revolta com o mundo, que terei que aceitar, mas todos os dias faço por ser uma excepção, e se houver quem diga que tenho razão, eu respondo:

Que se foda a razão, pois tudo o que quero é ser feliz. Quem quiser que se encoste a mim...


P.S.: Este texto ressalva todas as excepções à regra geral dos dias de hoje...