terça-feira, 24 de novembro de 2009

Até que ponto...

... devemos nós dar, sem qualquer contrapartida? Das duas uma, ou damos porque queremos e adoramos dar, ou damos porque não damos ponto sem nó e temos um objectivo.
Quando desta última se trata, temos toda a legitimidade de pedir de volta o que queremos, é quase como um negócio, tu dás-me isto, mas tenho que receber aquilo em troca.

Mas quando se trata da primeira, temos legitimidade em pedir de volta o que damos? Podemos "exigir" comportamento semelhante da "contraparte"? Mas se damos porque queremos e gostamos, por puro prazer, qual a lógica de pedir de volta? Nenhuma, mas a verdade é que o "bichinho" da justiça das coisas, fica sempre a trincar-nos a orelha e no fundo o que mais queremos é ter algo em "troca", nem que seja reconhecimento.

Mas no final, quem dá há-de dar sempre, porque faz parte da sua natureza, e quem recebe só vai saber receber, achando sempre que dá e, quando confrontado com o contrário, alega que não sabe o que fazer para dar.

Pode-se encontrar o equilíbrio entre estas posições? Não sei, mas se souber escrevo um livro...