E está prestes a chegar mais um Domingo à moda antiga, só que agora não vou pela mão dos meus pais às mesas de voto. Aprendi há uns anos a ser autónomo e dirigir-me lá sozinho...
Dada a mais que provável alta taxa de abstenção, há quem defenda a idade mínima de voto aos 16 anos. As vozes do contra dizem que “é muito novo e pode não saber”, mas, e quem ocupa os cargos sujeitos a votos, sabe como desempenhá-los? Mesmo não sendo novos?
Se alguém que não sabe pode exercer cargos de extrema importância, então alguém que não sabe pode votar. Afinal é só colocar uma cruz num papel, independentemente do quadrado utilizado, uma vez que a nossa classe política está podre, não se recomenda e não mostra sinais de querer melhorar, o que faz com que votar num ou noutro seja exactamente a mesma coisa... O Povo é que se lixa sempre!
Nas últimas semanas de campanha tenho assistido a debates onde meia dúzia de cromos se insulta a toda a hora, são piores que os putos da primária, sempre a fazer queixinhas uns dos outros e porque o António fez isto e o Manel fez aquilo, mas esquecem-se do mais importante, que são as questões básicas para a vida das pessoas que não têm um dos melhores empregos do mundo (ser político), e não se podem dar ao luxo de não fazer nenhum, prejudicar constantemente os seus representados e mesmo assim ter ordenados chorudos, já para não falar nos extras.
Eu cá sou apologista do direito ao voto apartir do momento que se inicia a carreira escolar, e sim, refiro-me à escola primária. Afinal não é preciso ter noções de ideais políticos, basta apenas perceber quem consegue safar-se melhor das queixas dos outros, e iso qualquer miúdo de cinco anos sabe fazer.