Decorreu este fim de semana o CSI2* e CSN-C no Centro hípico de Matosinhos-Porto e, como não podia deixar de ser, dei lá uma saltada na tarde de ontem, para fazer o gosto às vistas e aprender mais um pouco da arte, isto enquanto ainda não posso saltar obstáculos tão altos.Não há dúvida que a ver aprende-se muito e, mais uma vez, foi precioso o tempo que passei a olhar para todos os cavalos e cavaleiros que se desfilaram por entre as curvas e os obstáculos do percurso, sempre a galope.
Houve um cavalo em particular que me chamou a atenção, pela sua forte personalidade e capacidade de sofrimento. Os cavaleiros não podem achar que conseguem tudo de um animal tão imponente à base da força e da porrada e espero bem que um cavaleiro em particular tenha aprendido a lição, pois a forma como bateu na sua montada por causa de uma recusa ao salto, não foi nada boa para o cavalo e no final revelou-se péssima para ele, já que o cavalo se recusou novamente, aguentou firme toda a porrada que levou, sentiu dores, mas o cavaleiro saiu pior, deixando em pista uma péssima imagem, irritado, com comportamentos pouco dignos para com um ser vivo e vergado à força superior e à vontade do seu cavalo.
Não é que eu não use o stick por vezes, mas é em último recurso, esgotadas todas as outras hipóteses, pois aprendi com quem bem os conhece, que os cavalos são como as pessoas, têm personalidade, umas mais fortes que outras, sentimentos, como qualquer pessoa e devem ser respeitados, pois só dessa forma a relação cavaleiro-cavalo dará frutos.
Não estranhem se me virem a montar e a falar ao mesmo tempo, antes acreditem que o cavalo percebe bem o que lhe digo e o que quero.
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